Emancipação!

Os tipos de investimentos relatados nas colunas anteriores contribuíram para a formação do desenvolvimento econômico, político, social e cultural da vila de Santa Cruz que se desenvolvia mais que a sua sede, como apontamos anteriormente. Apesar da resistência dos políticos de Taquaritinga do Norte, de olho principalmente nos tributos de Santa Cruz, não foi possível resistir ao crescimento e desenvolvimento de uma vila que crescia mais que a própria sede, fazendo com que o município tivesse sua emancipação política reconhecida em 29 de dezembro de 1953.

A cidade é a expressão mais contundente do processo da humanidade sob a égide das relações desencadeadas pela formação econômica e social capitalista. (CARLOS, 1992)

Santa Cruz do Capibaribe tornou-se cidade, mas o período eleitoral já havia passado, então, para prefeito interino do município, o governador do Estado, Etelvino Lins, nomeou para dirigir o município, o paraibano Teófanes Ferraz Torres (Tenente, oficial da policia militar de Pernambuco).

Chegando o período das eleições, a disputa para prefeito ficou entre Torres, que tinha renunciado o cargo de prefeito para disputar as eleições, e o proclamado “herói” da independência de Santa Cruz do Capibaribe, Raimundo Francelino Aragão, onde este, segundo a oralidade era franco favorito, pois em suas passeatas arrastava um grande número de pessoas que entoavam o seu jingle (Araújo, 2003).

É fogo, é lenha,

é Brasa, é carvão.

Raimundo na prefeitura

E o tenente no Batalhão

O favoritismo de Raimundo Aragão foi comprovado nas urnas, com um colégio eleitoral de 1666 (mil seiscentos e sessenta e seis) votos, dos quais obteve 1.048 (mil e quarenta e oito) votos contra 618 (seiscentos e dezoitos) votos de Torres.

Contudo para se chegar a emancipação foi necessário muita luta, tendo como protagonista histórico dessa batalha Raimundo Francelino Aragão a qual devido à aproximação do seu centenário estaremos dedicando em nossas próximas colunas uma justa Homenagem, Aguardem.

Sulanca News