terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Santa Cruz ganhará livro contando a história de suas primeiras ruas

O professor, radialista e estudioso da história de Santa Cruz do Capibaribe Jota Oliveira e nosso colunista está preparando uma publicação com as curiosidades das ruas da ´´capital das confecções`` , seu surgimento, o nome que levam e as particularidades da história de cada uma delas. como observamos neste espaço vale apena esperar e conferir.Aguardem!

Enquanto o livro não chega confira mais uma Rua:


Rua da Farinha

A Rua Siqueira Campos é daquelas ruas onde quase tudo começa ou passa por lá. Talvez por isso o apelido de Rua da Farinha. Uma das marcas da Rua da Farinha é a amizade entre os moradores.


O chalé do Major, peça visitada naquela rua até o final da década de 70, mostra a importância da Rua da Farinha na memória dos santacruzenses. Foi nessa mesma década que algumas costureiras como Mariana de Biu de Deda, Dona Petinha e mais umas cinco ou seis que expunham suas mercadorias nas calçadas por volta de 1975. A partir daí outras pessoas foram repetindo o ato e multiplicando os vendedores.

Pouco depois, estava iniciada a Feira da Sulanca – a partir da Rua da Farinha – se estendendo por outras artérias da cidade. Podemos dizer que a expansão da feira, muito contribuiu para a derrubada do chalé. Mas a evolução, não abalou as famosas malas nas calçadas da Siqueira. As lojinhas de sulanca e de tecidos, logo começaram a surgir. As colchas de Retalhos ou Cobertas de Taco – como eram conhecidas – tinham seu maior lugar de procura no Salão de Biu de Deda, onde se faziam os fardos dos fregueses para serem enviados aos seus destinos.

No quesito festa popular, a Rua Siqueira foi à executora de um dos maiores espetáculos em forma de festejos juninos. A Prefeitura incentivava o concurso de quadrilhas matutas, mas, um grupo de senhoras, patrocinadas pelos comerciantes da Rua e contando com a participação dos jovens ‘siqueirenses’, administravam o espetáculo. Era, sinceramente, um show indescritível. Foi um tempo tão virtuoso que no ano de 1980, o governador do Estado veio assistir à festança.

Depois, criou-se na Rua a Festa da Coberta. Esta durou por três ou quatro anos a parou. Mas teve a marca da Rua da Farinha.

Por. J. Oliveira.

Na próxima, a Rua Manoel Bernardino.

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