terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Conhecendo Nossa Santa Cruz

A cidade o comercio e a feira

Em 1953, Santa Cruz do capibaribe de Vila tornou-se cidade. Como tantas que sobrevivem do feijão, milho e outras culturas de sobrevivência. Mas é ainda como vila, no final da decada de 40, do século XX, que surgiu a confecção da colcha de retalhos de helanca (tecido vindo do sul do país, pelo qual deu o nome do produto sul+helanca, sulanca).

Não se sabe ao certo quem foi o pioneiro da idéia, mas através da oralidade observamos que as tradicionais familias Diniz e Moraes seria as pioneira, através dos patriarcas Pedro Diniz e Dedé Morais que começaram a trazer esses retalhos de camaragibe, olinda e recife (PE), e que foram confeccionada de inicio pelas proprias esposas e vendidas nas calçadas da chamada rua Grande ( atual Av. Pe Zuzinha), centro comercial, surgindo assim uma pequena feira.

A atividade cresceu e com ela a chance de ganhar dinheiro. Segundo Júlio Ferreira, em seu livro História de Santa Cruz do Capibaribe, muitas pessoas que foram obrigado a emigrar de Santa Cruz para as grandes capitais em busca de uma melhor condição finaceira, tomado conhecimento do surto do comercio de retalhos na terra natal, voltaram para o município. Com isso muitas pessoas ingressaram e passaram a confeccionar outras peças como shorts, por exemplo.

Em seguida, comerciantes passaram a levar as roupas a preço de revenda para outros estados brasileiros como Bahia e Maranhão. Com esse crescimento da atividade foi aumentando o número de pessoas confeccionando e por conseqüência a procura pela matéria prima, nesse caso o tecido. Em 1953, como já tinha citado anteriormente, Santa Cruz foi emancipada transferindo para cá todos os lucros.

É ai então que entra a figura de Fernando Silvestre (conhecido por Noronha), caminhoneiro já falecido na segunda metade da década de 50 visualizando a possibilidade de expansão da atividade investiu 30 mil contos de réis na revenda de tecido trazido da região sul. De início, Noronha vendia apenas às costureiras, e isso na base da confiança sem nenhuma comprovação burocrática. Depois ele investiu pesado no ramo tornando-se um dos homens mais ricos do pólo de confecções do agreste.


Por Romenyck Stiffen


Aguardem! continua na Próxima coluna...

Nenhum comentário: