sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Conhecendo Nossa Santa Cruz

Continuação


Por que patrimônio Cultural?

Entendemos como patrimônio cultural como o conjunto de bens, sejam materiais ou não, que são relevantes para identidade cultural de um povo. Sendo assim, toda essa história entre a feira e o município de Santa Cruz do Capibaribe, ao longo de 50 anos, faz com que a mesma seja um patrimônio cultural da cidade. Alguém que nunca esteve em Santa Cruz, poderá conhecer sua história e sua evolução a partir do momento em que conhece como surgiu e feira da sulanca.

Conforme o professor francês Hugues de Varine Boham, o patrimônio cultural está dividido em três categorias, que são Recursos Naturais (rios, água dos rios peixe, etc.), Bens Culturais (objetos, artefatos, construções, etc.) e Não Tangíveis (a preservação do saber de alguma técnica que passa através de gerações).

Com base no exposto por Boham, podemos classificar a feira de Santa Cruz do Capibaribe como um Patrimônio Cultural Intangível, pois, como pudemos notar no decorrer dos textos anteriores, a feira abrange as expressões culturais e as tradições passadas nessa sociedade de geração para geração, principalmente em sua forma de produzir a mercadoria e seu formato de comercialização.

Apesar de a modernidade ter trazido suas modificações no decorrer dos anos, através alteração da estética e da estrutura da feira, a maneira de expor as mercadorias e de comercializá-las permaneceram as mesmas. O que antes era comercializado no chão e depois em bancos de madeiras, hoje é comercializado em bancos de concreto. A feira, que antes acontecia nas ruas, foi para um grande Parque.

Portanto, podemos observar que existe a preservação pelas pessoas dessa sociedade, e que vem sendo passado de pai para filho, seja ele um pequeno empreendedor ou grande empresário, que é necessário a escoação das mercadorias para outros municípios, estados e até mesmo países através da feira, fornece suas mercadorias para revendedores vender em seus bancos preservando assim a cultura da feira e sua forma de como comercializar, é por questões como essa que podemos classificar a feira de Santa Cruz como patrimônio cultural intangível ou imaterial.


Trabalho Apresentado Por Romenyck Stiffen na UEPB em 2008

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