segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Ruas de Santa Cruz

RUA NOVA

Ponto de encontro de muitos, há muito o que se falar – embora o espaço seja resumido – da Rua Nova. Oficialmente Rua Dr. Sílvio Romero Gonçalves Monteiro ou simplesmente, Rua Dr. Sílvio Monteiro. São fatos curiosos e interessantes os da Rua Nova.

Seu início, ainda na periferia de Santa Cruz, acomodava as Damas da Noite. Com o tempo esse conceito foi deixado de lado com a instalação de armazéns, hotéis, lojas, alfaiataria e muitas residências. Nos dias de feira (segunda como era antigamente), era o ponto de apoio no hotel de Chica do Pará ou no Armazem de Bibi do Farelo.

A movimentação começava pelo Armazem de Zé de Olinto. Na Esquina. Depois a Alfaiataria de Seu Tão Balbino, o Armarinho de Miudezas de João Guarda, onde se procurava da cianinha ao zíper dourado e a Oficina de Bicicletas de Zé Fama. Porém, durante muito tempo, o Hotel Paraíba, de dona Maria Duda, era o local para onde se mandava os visitantes mais ilustres da cidade. A mercearia de seu Gerson e a fabriqueta de dudu de Nelson de Joca, são parte destas memórias.

Em 1985, um grupo de rapazes decidiu, por ocasião dos festejos juninos na cidade, organizar a escrachada “Quadrilha das Virgens”. Pura irreverência. Depois deles, Caruaru copiou e criou a Gaydrilha e outras similares. A Rua Nova também esteve no carnaval da Capital da Sulanca com o Bloco de Ouro.

Hoje alguns dos estabelecimentos citados desapareceram, mas como diz o poeta Azulão “Ninguém esquece o passado. Ninguém apaga a história”. Dois dos maiores empresários desta cidade, Fernando Silvestre da Silva – Noronha – e José Ailton da Silva – Zé de João de Deda – apostaram na Rua Nova e lá puseram seus comércios de tecidos. Não queremos tirar os méritos dos demais citando apenas dois. Mas, é uma espécie de homenagem aos pioneiros: Noronha, no comércio têxtil e Zé de João de Deda, com o Sucatão.

Por. J. Oliveira.

Na próxima, a Rua Bom Jesus.

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