sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Conhecendo Nossa Santa Cruz

Continuação:


A feira e suas modificações

É através desses tipos de investimentos como o de Noronha (Citado nas Colunas anteriores), que o ramo de confecções vai se ampliar no município, na maioria das casas teremos os pequenos fabricos que vem a se misturar com algum cômodo da mesma, seja um quarto uma sala ou até mesmo na cozinha se encontrava e até hoje se encontra maquinas de costura peças de tecidos artigos de acabamento.

Com esse surto, no inicio da década de 60 as mercadorias que eram vendidas nas calçadas, passam agora a ser vendidas em pequenos bancos de madeira cobertos com lona no meio das ruas, de inicio na rua Grande, como foi dito anteriormente, e chegando depois a ocupar todo o centro da cidade, além de parte do Bairro Novo e São Cristóvão. De acordo com dados da prefeitura do município, em 2002 mais de 18.000 bancos de feira estavam espalhados nesses bairros de domingo a quarta-feira.

A partir da década de 90, além das pequenas fabricas informais - chamadas de fabricos - que existem até hoje dentro das casas, começaram a surgir as grandes empresas, a exemplo da Rota do Mar, com isso cresceu a profissionalização e as mercadorias ganharam mais qualidade, fazendo com que a palavra sulanca saísse do dicionário de Santa Cruz e fosse substituída por confecções.

Essa profissionalização, esse crescimento do comercio e da cidade faz com que a feira também fosse estruturada, se organizando, dando comodidade a seus clientes que passam pela feira, dando comodidade principalmente a sua cidade e sua população. No modo como era estruturada, a feira de confecções ocupava três bairros da cidade, que ficavam tomados de bancos durante quatro dias da semana, desorganizando o trânsito e fazendo com que as pessoas que moravam nas ruas desses bairros tivessem as entradas e saídas de suas casas bloqueadas, não podendo, por exemplo, tirar o carro da garagem. Além disso, as feiras duravam o dia e a noite, com instalações elétricas irregulares oferecendo um risco constante de incêndio.

É aí que surge a figura do Prefeito José Augusto Maia (2001-2004 e 2005-2008), com sua visão empreendedora elabora, em parceria com os confeccionistas da cidade e o povo, o Moda Center Santa Cruz, o maior parque de feira da América Latina, que foi inaugurado em 2006 e já está sendo ampliado em 50% de seu tamanho. Podemos descrever esse parque de feiras como um grande shoping, em uma área igual a um distrito industrial no tamanho de um grande bairro, mas com as características de uma feira. Os pequenos bancos de madeira agora são de concreto, a área é toda coberta com pequenas lojas em formatos de casinhas ao redor e um grande estacionamento.

Funcionando de domingo a quarta e vendendo as mercadorias fabricadas tanto pelas costureiras que fabricam em suas casas, como pelas costureiras que trabalham assalariadas em empresas como a Rota do Mar, que hoje faz o figurino para as novelas globais, como Malhação e Três Irmãs.


Trabalho Apresentado Por Romenyck Stiffen na UEPB em 2008

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